30 outubro 2022

A água que vai escasseando

 Por Bárbara Cala - 12º D

Artigo de opinião apresentado à iniciativa do Publico na Escola - Isto também é comigo!

A escassez dos recursos hídricos é um assunto cada vez mais preocupante no nosso país. Disso nos dá conta o artigo de Cláudia Carvalho Silva intitulado “Falta de precipitação em Portugal é um problema que veio para ficar”. De acordo com a autora a falta de chuva e de água armazenada faz com que a seca em Portugal Continental se tenha agravado nos últimos tempos. Na origem deste facto estão as alterações climáticas as quais têm uma causa diversa como: i) a queima intensiva de combustíveis fósseis, por parte da indústria e dos meios de transporte; ii) o ritmo crescente de desflorestação, em especial das grandes florestas tropicais, cuja redução está em grande parte relacionada com a conversão de florestas em áreas agrícolas, pastagens ou urbanas; iii) o aumento do uso de fertilizantes químicos agrícolas, pela necessidade de alimentar uma população mundial em rápido crescimento. A diminuição dos níveis de precipitação tem afetado, principalmente, o setor agrícola. Por conseguinte, compreende-se a afirmação do investigador e especialista em alterações climáticas, Filipe Duarte Santos, de acordo com o qual a falta de precipitação “não são boas notícias”, pelo que urge remediar os problemas decorrentes das alterações climáticas. Para tal torna-se necessário fazer projeções para se saber como vai ser o clima do futuro e desenhar estratégias de adaptação. Recordemo-nos que as alterações climáticas correspondem a um processo natural, que ocorre em intervalos de tempo em milhares de anos. O grande problema é que o mesmo anda a ser potenciado pelo comportamento humano, que muito tem contribuído para a emissão de gases com efeito de estufa na atmosfera, tais como dióxido de carbono, vapor de água, metano e óxido nitroso. Na minha opinião devíamos, todos, mudar comportamentos sob pena de ameaçarmos a biodiversidade global e, por conseguinte, a via humana. Mas isto implica uma verdadeira revolução pois significa abdicar de uma sociedade consumista, que garante o prazer imediato e emprego a milhões de pessoas em todo o mundo. Porém, tem de ser feito, o qual antes, nem que seja de forma gradual.


Artigo analisado disponível

https://www.publico.pt/2022/10/10/azul/noticia/falta-precipitacao-problema-veio-ficar-2023550



28 outubro 2022

Lei dos Nudes, uma dupla vitória

Por Ana Rodrigues - 12ºC

Artigo de opinião apresentado na iniciativa do Público - Isto também é comigo!

A partilha de nudes é um fenómeno frequente em Portugal. Esta prática pode ser dividida em dois momentos distintos. No primeiro são obtidas imagens da vítima. Existe consentimento quando, por exemplo, os jovens enviam fotos íntimas para os seus namorados. Uma situação diferente ocorre quando estes conteúdos são obtidos sem autorização. Até agora esta devassa da vida privada poderia dar origem a uma pena de prisão que poderia chegar até 1 ano. O segundo momento consiste na distribuição de conteúdos íntimos na internet e/ou no seu envio para sites duvidosos.
As vítimas destes atos acabam por sofrer consequências para o resto da vida. Muitas sofrem de baixa autoestima e de dificuldades no relacionamento social. Inês Marinho foi uma vítima destes atos. Consciente de que não era a única, nem sequer a última, decidiu fundar uma associação denominada “Associação Não Partilhes” que, no Instagram, é acompanhada por mais de 40 000 seguidores. Este foi o meio que encontrou para, conforme consta na sua página, “apoiar vítimas de abuso sexual com base em imagens e consciencializar a sociedade para este crime”.
De acordo com o título de artigo de Liliana Borges, exposto na edição do Público de 5 de outubro, a “Partilha de nudes sem autorização poderá dar pena até cinco anos”. A proposta apresentada pela bancada do PS na Assembleia da República contempla as seguintes alterações: i) alargamento do limite da pena de prisão de 1 para 5 anos; ii) ato ilícito passa a punir a partilha de imagens e não somente a sua captura; iii) a partilha de imagens, ou a sua recusa, é uma responsabilidade dos seus autores, mas também das plataformas onde são partilhadas e que podem ser punidas com coimas que ultrapassam os 100 mil euros. Segundo a autora do artigo este projeto só avançou devido a ação das vítimas e de associações civis, como a liderada por Inês Marinho.
Esta alteração legislativa procura, assim, proteger potenciais vítimas, e demostra que a sociedade civil está consciente dos seus problemas e tem capacidade para influenciar a ação dos decisores políticos.


Artigo analisado disponível em

https://www.publico.pt/2022/09/01/sociedade/noticia/governo-considera-inquerito-jornalista-sport-tv-limita-liberdade-imprensa-poe-causa-constituicao-2019035

O arrendamento, uma oportunidade perigosa

Por Rui Cardoso, 12º D

Artigo de opinião apresentado na iniciativa do Público - Isto também é comigo!


Portugal tem assistido à subida progressiva do valor do mercado relacionado com a habitação. Na minha opinião esta realidade pode ameaçar a estabilidade social do país. O salário médio por família na ordem dos 2000 euros apresentado no Pordata, começa a não chegar para as despesas relacionadas com a casa, alimentação, energia e eventuais gastos com os filhos. Rafaela Burd Relvas refere-nos no seu artigo intitulado “Portugal entre os países da UE onde os preços das casas mais aumentaram na última década” que o preço das casas subiu de forma significativa na última década um pouco por toda a Europa, mas em ritmos diferentes. Enquanto na União Europeia a subida foi na ordem dos 50% em Portugal foi de 80%. O valor das rendas evoluiu de forma mais comedida, crescendo para valores médios de 18% e 30% para as mesmas regiões. Transportando estes dados para a minha realidade significa que, num espaço de 10 anos, o valor de uma casa em Ponte de Sor subiu de 100 para 150 mil euros e o de uma renda de 300 para 390 euros. Se tivermos em conta que as taxas juro estão a subir de forma galopante, torna-se de todo impossível imaginar um casal de classe média, média /baixa a adquirir casa. Quem o fez pode, em último caso, perante a subida do custo de vida, ver-se obrigado a vendê-la. Por todas estas razões defendo que atualmente a opção mais viável passe pelo arrendamento. Não creio, contudo, que assim se mantenha por muito tempo. A crescente procura fará com que se acentue o aumento do valor das rendas das casas.


Artigo analisado disponível em

https://www.publico.pt/2021/12/23/economia/noticia/precos-casas-voltam-acelerar-crescem-10-terceiro-trimestre-1989717

24 outubro 2022

A (falta) de Educação Sexual …

Por Laura Pinto

Artigo de opinião apresentado à iniciativa do Público - Isto também é comigo!



O tema da Educação Sexual tem sido alvo de várias abordagens, cujos resultados, deixam algo a desejar. A realidade é ambígua. Os jovens demonstram ter alguns tabus quando convidados a explorar o tema em contexto de sala de aula, mas fora desta adotam comportamentos com menos pudores. Esta atitude pode ser causada pelo receio da exposição perante os colegas, membros duma sociedade dependente do que se escreve e vive nas redes sociais, onde proliferam os boatos e as ofensas.
Na minha perspetiva o tema só é abordado em certas disciplinas por professores que, em alguns casos, não se sentem confortáveis. Por outro lado, não creio que todos os alunos encontrem respostas na sua família. Os dados disponíveis no Pordata, indicam que, em 2020, cerca de 55% da população portuguesa não tinha o nível secundário. O desconhecimento, a vergonha e o conservadorismo cristalizam a sexualidade como assunto proibido.
O exposto no artigo “Educação Sexual, até quando esquecida na gaveta?”, publicado no Publico de 09/10/2022 (p.22) atesta esta perceção. Apesar da primeira produção legislativa remontar a 1984, o programa que prevê a educação sexual desde o 1º ano não se encontra a ser bem aplicado. A Educação Sexual apenas está a ser verdadeiramente trabalhada em cerca de um terço das escolas portuguesas. Segundo a autora, Tânia Graça, os jovens mais esclarecidos iniciam a sua vida sexual mais tarde, o que não garante que saibam o suficiente. Existe um conjunto de conceitos que importa clarificar, nomeadamente o que é o amor e a educação sexual. Além disso urge enfrentar temas como a rejeição familiar pela sua orientação sexual ou a legitimação de todo o tipo de violência nas relações.
Conclui-se, então, que a Educação Sexual é um tema que merece a maior atenção de todos: alunos, pais e professores.


Artigo analisado disponível em:
“Educação Sexual, até quando esquecida na gaveta?”, de Tânia Graça, 09/10/2022 (p.22)

17 outubro 2022

MIBE - Alunos visitam circuito judaico do Fundão

Os alunos das turmas do 12º ano de ATE e de TAR realizaram uma visita de estudo ao percurso judaico da cidade do Fundão, no dia 14 de Outubro.

Esta iniciativa surgiu na sequência da proposta da Rede de Bibliotecas Escolares para assinalar o Mês Internacional da Biblioteca Escolar (MIBE) – Ler para a paz e harmonia globais. 

Com o auxílio do Técnico Superior da autarquia da Cova da Beira, Pedro Silveira, foi possível proporcionar uma visita guiada pelo património edificado desta localidade e refletir sobre a importância da comunidade judaica na história e economia do país e vivenciar algumas das dificuldades por ela sentidas para preservar a sua cultura e, em muitos casos, a própria vida.

Sérgio Mendes


Palavras&Cª. Abril de 2024