Hoje "é" o DIA D
Foi há 72 anos, o “Dia D”, e
é bom recordarmos e ensinarmos aos mais novos, o que foi, para evitarmos que se repita.
Decorria a 2ª Guerra Mundial,
que fez milhões de mortos, entre soldados e civis, já para não falar no
Holocausto, que só por si matou 6 milhões de judeus. Inúmeras cidades da Europa ficaram destruídas.
Londres destruída
NESTE dia D (a denominação é utilizada
militarmente e designa um determinado dia para o qual está programada uma operação
militar) deram-se os desembarques da Normandia, operações levadas a cabo pelos
aliados, também conhecida como Operação
Overlord e Operação Neptuno. No
dia 6 de junho de 1944, cerca de 100 mil soldados, com o apoio de 6 mil navios
e 5 mil aviões, desembarcaram ao longo de um trecho de 80 km na costa da
Normandia, França, abrindo uma nova frente de guerra.
O assalto foi
realizado em duas fases: uma aterragem de assalto aéreo de 24 mil britânicos,
americanos, canadianos e tropas livres francesas aerotransportadas, pouco
depois da meia-noite, e um desembarque anfíbio da infantaria aliada e divisões
blindadas na costa da França, com início às 6:30 da manhã. Paralelamente havia
também as operações de engodo montado sob os nomes Operação Glimmer e Operação
Tributável, para distrair as forças da Alemanha nazi das áreas de ação
real.
A Alemanha, por iniciativa de Rommel, esperando o desembarque aliado, procurou defender-se através da chamada muralha do Atlântico. Rommel, com sua grande experiência militar, previra que o desembarque aliado ocorreria nas praias a noroeste da França, tornando assim essa batalha um verdadeiro inferno para os Aliados, que sofreram pesadas baixas.
Os aliados, para além de terem de enfrentar o perigo representado pelo inimigo, tiveram também de ultrapassar os perigos do desembarque, quando as rampas dos barcos LCVP se abriam, e suportar o peso da carga dos equipamentos, e enfrentar o vento e as ondas antes mesmo de chegarem a terra. O ataque das praias foi, com certeza, mais sangrento na praia de Omaha, onde os soldados tiveram que enfrentar minas, arames farpados, canhões franceses de 155 milímetros capturados pelos alemães, os famosos obstáculos chamados "porcos-espinhos" e tiros de metralhadoras MG42 alemãs.
Os alemães ficaram em desvantagem, entre outros motivos, pela incapacidade de prever a data da operação e pela divergência quanto ao local do desembarque aliado. O general alemão Rommel era de opinião que os Aliados escolheriam provavelmente a Normandia, mas Hitler estava convicto de que ela seria mais a norte, em Calais.
Consumado o desembarque e a ruptura das defesas, os aliados ficaram com o caminho aberto para o coração da Europa ocupada.