23 novembro 2022

Palavras&Cª distinguido com Prémio Incentivo

O jornal escolar da EPDRAC foi distinguido no Concurso Nacional de Jornais Escolares - Público na escola.

A sessão de entrega de prémios decorreu na sede do jornal Público em Lisboa no passado dia 22 de novembro e contou com a presença, entre outras personalidades, de João Costa. De acordo com o Ministro da Educação este tipo de iniciativas promove a "preservação da qualidade da Democracia"
 


O Palavras&Cª tem sobrevivido, ao longo da sua mais de década e meia, a um contexto particularmente difícil. A leitura e a escrita nem sempre se assumem como uma prioridade nos interesses revelados por alunos de uma escola ligada à formação de profissionais nas áreas da equitação, agricultura e turismo.

De forma a contrariar esta tendência, a equipa responsável por esta publicação, Sérgio Mendes e Teresa Casquilho, inovou e promoveu uma maior proximidade com alunos e docentes, convidando-os a assumir um papel mais ativo na produção de conteúdos. Para o efeito, desde 2021 disponibiliza um link onde todos os interessados identificam um conjunto de ideias-chave que facilitam a construção dos artigos em momento posterior. Esta segunda etapa é assumida pelos alunos sob orientação dos professores bibliotecários,  
Paralelamente, a BECRE começou também a dinamizar formações em articulação com as diferentes disciplinas, as quais deram origem a vários artigos para o Palavras&Cª.

Para além de um prémio pecuniário, está prevista a realização de um workshop promovido pela equipa do Público. Este prémio vem, assim, reconhecer todo o trabalho desenvolvido até ao momento, assim como conferir um novo dinamismo a esta publicação semestral. 

16 novembro 2022

A EPDRAC celebra centenário do nascimento de Saramago


No âmbito do programa “Saramago na Escola”, a BE/CRE da EPDRAC participou na iniciativa Leituras Centenárias através de Érica Cotrim que leu um excerto do "Memorial do Convento".


Fizeram parte da mesma mais de uma centena de escolas secundárias do país as quais responderam ao repto lançado por uma parceria estabelecida entre a Fundação José Saramago, a Rede de Bibliotecas Escolares e o Plano Nacional de Leitura. Entre outros objetivos procurou-se evocar a obra do escritor e motivar os jovens para a leitura.

11 novembro 2022

Magusto da EPDRAC

Hoje, dia 11 de Novembro, juntámo-nos todos, alunos e professores, no pátio ao pé do Bar. Acendemos o fogareiro, assámos castanhas e festejámos o São Martinho com música, castanhas e danças.
 As castanhas foram apanhadas pelo Francisco Marques do 12ºB - que também tomou conta do fogareiro, em Marvão, onde mora.  Na véspera do dia do magusto, retalhámos e salgámos as castanhas para estarem mais saborosas para serem assadas e comidas.
                                             Tomás Roque, 12ºB. 





 

02 novembro 2022

Todos os Santos e Halloween

Nem a chuva conseguiu estragar os planos da comemoração da véspera de Todos os Santos e do Halloween na EPDRAC. 


A escola uniu-se e aderiu ao desafio, iniciando o dia com a realização de um percurso de peddy-paper, dedicado ao tema de Todos os Santos, que foi alterado por causa da chuva. As atividades propostas encontravam-se, não em abóboras, mas em taleigos emprestados pela D. Zezinha, pela D. Sílvia, e pela Dr.ª Ana Teixeira. A resposta a muitas delas obrigou ao estabelecimento de uma chamada telefónica para os avós de forma a descobrir alguns dos regionalismos nacionais. A entrega de todas as atividades foi precedida do entoar de canções tradicionais alentejanas. Nos 1º, 2º e 3º lugares ficaram respetivamente as turmas do 11ºA (TGE), do 12ºB (TPA) e do 10ºA (TGE).

Uma segunda atividade foi realizada pelos alunos das turmas A e C/D do 12º ano, no âmbito da disciplina de Inglês e do Halloween. O Halloweenvulgarmente chamado Dia das Bruxas, é uma tradição que foi adotada, em Portugal, há muitos anos. A sua celebração, a 31 de outubro, tem suscitado alguma controvérsia, porque muitos desconhecem a sua verdadeira origem.  A palavra Halloween deriva da expressão All Hallows' Eve (hallow, que significa "santo", e Eve, que significa "véspera", pois este acontece no dia anterior à celebração do Dia de Todos os Santos.)

Halloween surgiu com o povo Celta. Povo que era politeísta e acreditava em diversos deuses e na sua ajuda divina. Os celtas celebravam o festival de Samhain, com início a 31 de outubro. Neste festival comemorava-se o fim do verão e a passagem do ano celta a 1 de novembro. Acreditava-se que, nesse dia, os mortos se erguiam e se apropriavam dos corpos dos vivos. Por esse motivo, eram usadas fantasias e a festa era repleta de artefactos sombrios com o intuito principal de se defenderem desses maus espíritos.

No Halloween da EPDRAC foram realizados alguns jogos previamente preparados pelos alunos nas aulas de Inglês. Além disso os alunos angariaram donativos com a venda de sumos, bolos e crepes, que doaram para a Liga Portuguesa Contra o Cancro. Foi uma manhã solidária e repleta de muita animação. Ajudar e fazer o bem também pode ser muito divertido!

O dia terminou com a dinamização de três salas de cinema.

Com estas atividades e na resposta aos desafios, demos mais um passo no nosso caminho para a interculturalidade e demonstrámos como podemos celebrar, simultaneamente, tradições nacionais e britânicas sem sobrepor uma cultura às outras, e cultivando também a solidariedade na comunidade EPDRAC.

Alunos 12º A

Márcia Oliveira e Olena Nesterenko, Professoras de Inglês

30 outubro 2022

A água que vai escasseando

 Por Bárbara Cala - 12º D

Artigo de opinião apresentado à iniciativa do Publico na Escola - Isto também é comigo!

A escassez dos recursos hídricos é um assunto cada vez mais preocupante no nosso país. Disso nos dá conta o artigo de Cláudia Carvalho Silva intitulado “Falta de precipitação em Portugal é um problema que veio para ficar”. De acordo com a autora a falta de chuva e de água armazenada faz com que a seca em Portugal Continental se tenha agravado nos últimos tempos. Na origem deste facto estão as alterações climáticas as quais têm uma causa diversa como: i) a queima intensiva de combustíveis fósseis, por parte da indústria e dos meios de transporte; ii) o ritmo crescente de desflorestação, em especial das grandes florestas tropicais, cuja redução está em grande parte relacionada com a conversão de florestas em áreas agrícolas, pastagens ou urbanas; iii) o aumento do uso de fertilizantes químicos agrícolas, pela necessidade de alimentar uma população mundial em rápido crescimento. A diminuição dos níveis de precipitação tem afetado, principalmente, o setor agrícola. Por conseguinte, compreende-se a afirmação do investigador e especialista em alterações climáticas, Filipe Duarte Santos, de acordo com o qual a falta de precipitação “não são boas notícias”, pelo que urge remediar os problemas decorrentes das alterações climáticas. Para tal torna-se necessário fazer projeções para se saber como vai ser o clima do futuro e desenhar estratégias de adaptação. Recordemo-nos que as alterações climáticas correspondem a um processo natural, que ocorre em intervalos de tempo em milhares de anos. O grande problema é que o mesmo anda a ser potenciado pelo comportamento humano, que muito tem contribuído para a emissão de gases com efeito de estufa na atmosfera, tais como dióxido de carbono, vapor de água, metano e óxido nitroso. Na minha opinião devíamos, todos, mudar comportamentos sob pena de ameaçarmos a biodiversidade global e, por conseguinte, a via humana. Mas isto implica uma verdadeira revolução pois significa abdicar de uma sociedade consumista, que garante o prazer imediato e emprego a milhões de pessoas em todo o mundo. Porém, tem de ser feito, o qual antes, nem que seja de forma gradual.


Artigo analisado disponível

https://www.publico.pt/2022/10/10/azul/noticia/falta-precipitacao-problema-veio-ficar-2023550



28 outubro 2022

Lei dos Nudes, uma dupla vitória

Por Ana Rodrigues - 12ºC

Artigo de opinião apresentado na iniciativa do Público - Isto também é comigo!

A partilha de nudes é um fenómeno frequente em Portugal. Esta prática pode ser dividida em dois momentos distintos. No primeiro são obtidas imagens da vítima. Existe consentimento quando, por exemplo, os jovens enviam fotos íntimas para os seus namorados. Uma situação diferente ocorre quando estes conteúdos são obtidos sem autorização. Até agora esta devassa da vida privada poderia dar origem a uma pena de prisão que poderia chegar até 1 ano. O segundo momento consiste na distribuição de conteúdos íntimos na internet e/ou no seu envio para sites duvidosos.
As vítimas destes atos acabam por sofrer consequências para o resto da vida. Muitas sofrem de baixa autoestima e de dificuldades no relacionamento social. Inês Marinho foi uma vítima destes atos. Consciente de que não era a única, nem sequer a última, decidiu fundar uma associação denominada “Associação Não Partilhes” que, no Instagram, é acompanhada por mais de 40 000 seguidores. Este foi o meio que encontrou para, conforme consta na sua página, “apoiar vítimas de abuso sexual com base em imagens e consciencializar a sociedade para este crime”.
De acordo com o título de artigo de Liliana Borges, exposto na edição do Público de 5 de outubro, a “Partilha de nudes sem autorização poderá dar pena até cinco anos”. A proposta apresentada pela bancada do PS na Assembleia da República contempla as seguintes alterações: i) alargamento do limite da pena de prisão de 1 para 5 anos; ii) ato ilícito passa a punir a partilha de imagens e não somente a sua captura; iii) a partilha de imagens, ou a sua recusa, é uma responsabilidade dos seus autores, mas também das plataformas onde são partilhadas e que podem ser punidas com coimas que ultrapassam os 100 mil euros. Segundo a autora do artigo este projeto só avançou devido a ação das vítimas e de associações civis, como a liderada por Inês Marinho.
Esta alteração legislativa procura, assim, proteger potenciais vítimas, e demostra que a sociedade civil está consciente dos seus problemas e tem capacidade para influenciar a ação dos decisores políticos.


Artigo analisado disponível em

https://www.publico.pt/2022/09/01/sociedade/noticia/governo-considera-inquerito-jornalista-sport-tv-limita-liberdade-imprensa-poe-causa-constituicao-2019035

O arrendamento, uma oportunidade perigosa

Por Rui Cardoso, 12º D

Artigo de opinião apresentado na iniciativa do Público - Isto também é comigo!


Portugal tem assistido à subida progressiva do valor do mercado relacionado com a habitação. Na minha opinião esta realidade pode ameaçar a estabilidade social do país. O salário médio por família na ordem dos 2000 euros apresentado no Pordata, começa a não chegar para as despesas relacionadas com a casa, alimentação, energia e eventuais gastos com os filhos. Rafaela Burd Relvas refere-nos no seu artigo intitulado “Portugal entre os países da UE onde os preços das casas mais aumentaram na última década” que o preço das casas subiu de forma significativa na última década um pouco por toda a Europa, mas em ritmos diferentes. Enquanto na União Europeia a subida foi na ordem dos 50% em Portugal foi de 80%. O valor das rendas evoluiu de forma mais comedida, crescendo para valores médios de 18% e 30% para as mesmas regiões. Transportando estes dados para a minha realidade significa que, num espaço de 10 anos, o valor de uma casa em Ponte de Sor subiu de 100 para 150 mil euros e o de uma renda de 300 para 390 euros. Se tivermos em conta que as taxas juro estão a subir de forma galopante, torna-se de todo impossível imaginar um casal de classe média, média /baixa a adquirir casa. Quem o fez pode, em último caso, perante a subida do custo de vida, ver-se obrigado a vendê-la. Por todas estas razões defendo que atualmente a opção mais viável passe pelo arrendamento. Não creio, contudo, que assim se mantenha por muito tempo. A crescente procura fará com que se acentue o aumento do valor das rendas das casas.


Artigo analisado disponível em

https://www.publico.pt/2021/12/23/economia/noticia/precos-casas-voltam-acelerar-crescem-10-terceiro-trimestre-1989717

Palavras&Cª. Abril de 2024