A mutilação genital
feminina (MGF), consiste na remoção ritualista de parte ou de todos os órgãos
sexuais externos femininos.
Geralmente executada por um circuncisador
tradicional, sem conhecimentos médicos, com a utilização de uma lâmina de
corte, com ou sem anestesia, a MGF concentra-se em 27 países africanos,
no Iémen e
no Curdistão iraquiano, sendo também praticada em
vários locais na Ásia,
no Médio Oriente e em comunidades expatriadas
em todo o mundo. A idade em que é realizada varia entre alguns dias após o
nascimento e a puberdade.
A prática é geralmente iniciada e executada por mulheres,
que a vêem como motivo de honra e receiam que se não a realizarem a intervenção
as filhas e netas ficarão expostas à exclusão social.
Tem
vindo a ser ilegalizada ou restringida em grande parte dos países onde é comum e em 2012, a Assembleia
Geral das Nações Unidas reconheceu-a como uma
violação de direitos humanos. No entanto, existem algumas
críticas, especialmente por parte de antropólogos.
A
MGF pode, até certo ponto, ser revertida. É isso que faz o médico
francês, Pierre Foldès, pioneiro neste tipo de intervenções, que
juntamente com o urologista Jean-Antoine Robein, iniciou em 2002 cirurgias
reparadoras do clitóris. Em 2012, afirmou que durante 11 anos, a sua equipa
tinha operado à volta de 3000 mulheres.
Em Portugal, segundo a Associação para
o Planeamento da Família, os registos oficiais – baseados maioritariamente nos
casos que chegam aos hospitais – apontam para cerca de 6500 mulheres mutiladas.
Prevalence of female genital mutilation for women aged 15–49 using
UNICEF "Female Genital Mutilation/Cutting: A global concern", 2016,
from
http://www.unicef.org/media/files/FGMC_2016_brochure_final_UNICEF_SPREAD.pdf Map copied from File:FGM prevalence UNICEF 2013.svg which is based on File:Blank Map-Africa.svg and File:BlankMap-Middle East.svg.
Geralmente executada por um circuncisador tradicional, sem conhecimentos médicos, com a utilização de uma lâmina de corte, com ou sem anestesia, a MGF concentra-se em 27 países africanos, no Iémen e no Curdistão iraquiano, sendo também praticada em vários locais na Ásia, no Médio Oriente e em comunidades expatriadas em todo o mundo. A idade em que é realizada varia entre alguns dias após o nascimento e a puberdade.
Em Portugal, segundo a Associação para
o Planeamento da Família, os registos oficiais – baseados maioritariamente nos
casos que chegam aos hospitais – apontam para cerca de 6500 mulheres mutiladas.