26 janeiro 2017

UM DOODLE ENGRAÇADO, UMA HISTÓRIA PARA PENSAR

Muito do que usufruímos na Europa dos nossos dias nos "é dado de bandeja", e até exigido, como é para alguns a escolaridade obrigatória até aos 18 anos. Não foi assim para Elizabeth Coleman, não é assim ainda hoje para muitas crianças por esse mundo fora.





Elizabeth "Bessie" Coleman (26 de janeiro de 1893 – 30 de abril de 1926) foi a primeira mulher afroamericana a tornar-se piloto nos Estados Unidos e a conseguir licença como piloto internacional.
Nasceu em Atlanta, Texas. O seu pai era membro de uma tribo Cherokee, e a mãe descendente de africanos.
Elizabeth começou a aprender com livros de uma biblioteca itinerante, montada sobre um vagão, que passava pela cidade duas vezes por ano. Aos seis anos de idade ingressou numa escola para negros, que dispunha de uma única sala e onde faltavam materiais básicos, como giz ou lápis. Caminhava vários quilómetros por dia para assistir às aulas. Todos os anos interrompia os estudos, quando havia necessidade de trabalhar na colheita de algodão. No entanto, Elizabeth tornou-se uma excelente aluna.
Elizabeth concluiu o ensino secundário e ingressou na Oklahoma Colored Agricultural and Normal University (atualmente Langston University), em Langston, Oklahoma. Encontrou grandes dificuldades, em parte pelo facto de ser negra, mulher e descendente de indígenas. Por falta de dinheiro, completou apenas um período de estudos.
Aos vinte e três anos mudou para Chicago, onde trabalhou como manicure. Ali, ouvia histórias de pilotos americanos que retornavam de combates da Primeira Guerra Mundial e quis ser piloto. Com o apoio de pessoas influentes, Bessie Coleman mudou-se para França, onde finalmente realizou o sonho de se tornar piloto. Um ano depois estava de volta a Chicago e tornou-se conhecida, pois voava por todo o país em shows aéreos. Também era conhecida por incentivar jovens de ambos os sexos, fossem brancos ou negros, a perseguir seus sonhos.
Morreu aos trinta e três anos, num acidente, com seu mecânico e agente publicitário William Wills, que estava no outro assento. Coleman descolou sem utilizar o cinto de segurança, pois no dia seguinte iria realizar um salto de paraquedas e gostaria de olhar sobre a fuselagem do avião para reconhecer o terreno abaixo.
Quando os destroços do avião foram inspecionados, descobriu-se uma chave que fora esquecida no motor, provavelmente interferindo no seu funcionamento e levando o avião a não conseguir força suficiente para efetuar a manobra de giro em voo.

12 janeiro 2017

DE UMA ADOLESCENTE PARA TODOS OS ADOLESCENTES!

Estava à procura de efemérides que valesse a pena serem lembradas (sob o meu ponto de vista, CLARO! :) ) e, ligação atrás de ligação, encontrei na Bolsa de Especialistas da revista Visão uma coluna direcionada a teenagers, assinada por Benedita Mendonça, uma adolescente de 17 anos na altura em que começou a escrever (terá agora 18 anos), que gostei muito de visitar: pelos temas escolhidos e pela forma como estão escritos, que revela muita maturidade e muita leitura "por trás". 

Deixo aqui dois links, o da coluna e o de um filme sobre VIOLÊNCIA NO NAMORO, um tema que gostaria de ter tratado em aula mas que foi considerado pouco interessante pelos meus alunos, o que achei preocupante: na minha opinião, não gostam de falar em violência no namoro nem o agressor, cuja atitude não quer ver posta em causa, nem o agredido, que por vergonha não quer ver exposto o seu problema.

LÊ e VÊ... É MESMO PARA TI!

Coluna de Joana Mendonça na revista Visão
Artigo sobre violência no namoro e filme

06 janeiro 2017

LOUIS BRAILLE E O CÓDIGO QUE LIGOU OS CEGOS AO MUNDO

Louis Braille nasceu próximo de Paris, a 4 de janeiro de 1809. Seu pai era fabricante de arreios e selas. Aos três anos, Louis feriu-se no olho esquerdo com uma ferramenta pontiaguda. A infecção que se seguiu ao ferimento alastrou ao olho direito, provocando a cegueira total.
Na tentativa de que Louis tivesse uma vida o mais normal possível, os pais e o padre da paróquia matricularam-no na escola local. 
Louis tinha enorme facilidade em aprender o que ouvia. Com 10 anos ganhou uma bolsa do Institut Royal des Jeunes Aveugles de Paris (Instituto Real de Jovens Cegos de Paris), onde teve conhecimento e contacto com um método de leitura para cegos, criado pelo fundador do instituto, Valentin Haüy.
Em 1821, quando Louis Braille tinha 12 anos, Charles Barbier, capitão reformado da artilharia francesa, visitou o instituto, onde apresentou um sistema de comunicação chamado "escrita noturna", também conhecido por Serre e que mais tarde veio a ser chamado "sonografia". Tratava-se de um método de comunicação táctil que usava pontos em relevo dispostos num rectângulo com seis pontos de altura por dois de largura e que tinha aplicações práticas no campo de batalha, quando era necessário ler mensagens sem usar a luz que poderia revelar posições. 
O código era muito complexo e nos dois anos seguintes Braille esforçou-se por simplificá-lo. Por fim desenvolveu um método que utilizava 6 pontos inscritos num retângulo. Braille, em seguida, melhorou o seu próprio sistema, incluindo a notação numérica e musical. 
Em 1824, com apenas 15 anos, Louis Braille terminou o seu sistema de células com seis pontos e, em 1829, publicou o seu método exclusivo de comunicação, hoje conhecido por "código Braille", que se mantém basicamente o mesmo até hoje.
No entanto, o sistema inventado por Braille chegou a ser proibido no instituto, decisão que teve efeito contrário ao desejado, encorajando as crianças a aprendê-lo e a usá-lo em segredo. 
Com o tempo, mesmo as pessoas com visão acabaram por perceber os benefícios do novo sistema. No instituto, o novo código só foi adotado oficialmente em 1854, dois anos após a morte de Braille, a 6 de Janeiro de 1852.
Fotografia e adaptação de texto de https://pt.wikipedia.org/wiki/Louis_Braille

01 janeiro 2017

OLD LONG SYNE - FELIZ ANO NOVO!

Auld Lang Syne, ou Old Long Syne


Should auld acquaintance be forgot
and never brought to mind?
Should auld acquaintance be forgot
and days of auld lang syne?
For auld lang syne, my dear,
for auld lang syne,
we'll take a cup of kindness yet,
for auld lang syne.
...
Este poema escocês, foi reescrito em 1788 por Robert Burns a partir do verso "Old Long Syne” impresso em 1711 por James Watson, e adaptado a uma música tradicional, muito conhecida nos países de língua inglesa e que é muitas vezes cantada para comemorar o início do ano novo. 
Há alguma dúvida se a melodia usada hoje na Escócia e no resto do mundo é a mesma escrita por Burns.

Também os escuteiros portugueses a adoptaram como "Canção da Despedida", um hino à Amizade e à Esperança. 

Deixo aqui duas versões
Auld Lang Syne - por Dougie MacLean
Auld Lang Syne - por Sissel, que inclui um poema de Charlotte Anselmo, "New Year's Pray". 

FELIZ ANO NOVO!!!
https://pt.wikipedia.org/wiki/Auld_Lang_Syne


Fotografia Guardian Liberty Voice 28/12/2013 

20 dezembro 2016

PALAVRAS&Cª NATAL 2016

Saiu no dia 16 de Dezembro, dia da festa de Natal da EPDRAC, o Palavras&Cª de Natal.
Fica aqui para leitura, através deste link:

http://joom.ag/ZlbW


07 dezembro 2016

OLE RØMER E A DETERMINAÇÃO DA VELOCIDADE DA LUZ

Ole Rømer foi o astrónomo que determinou a velocidade da luz em 1676, já lá vão 340 anos. Era dinamarquês e trabalhava no Observatório Real em Paris.
Antes já tinham sido feitas várias tenta-tivas para chegar a esse valor, tendo sido Galileu o primeiro a sugerir um método para o fazer. Galileu tentou fazê-lo com base na medição da longitude através da observação dos eclipses das luas de Júpiter, mas não conseguiu chegar a nenhuma conclusão.
Ole Rømer continuou essa investigação, descobrindo que os intervalos de tempo entre os eclipses diminuíam à medida que a Terra se aproximava de Júpiter, e aumentavam assim que a Terra se afastava. O astrónomo concluiu então que a diferença estava na velocidade da luz.
A Google fez  um doodle para o homenagear.

Fonte: http://observador.pt/2016/12/07/sabe-quem-e-ole-romer-veja-o-doodle-da-google/


17 novembro 2016

DIA DO NÃO FUMADOR

O Dia do não fumador foi assinalado na EPDRAC através de um trabalho em que participaram os alunos do 9ºA, Helena Madeira, Sofia Moura, Pedro Moisés, Francisco Carvão, Cláudio Bragança, Daniel Mileu e Dylan Almeida e as professoras Vera Lacão, Rosário Dias e Cristina Nunes, de Português, de Ciências Naturais e de História e Geografia. 
Os alunos pesquisaram as regras e os malefícios do tabaco e aplicaram o que aprenderam na construção dos slogans, que depois transpuseram para os cartazes aqui publicados.


Ficaram muito expressivos, passando de forma eficaz a mensagem sobre os perigos associados ao consumo de tabaco.

09 novembro 2016

CONVITE AOS NOVOS ALUNOS

As bibliotecas escolares foram criadas para as escolas e, se os alunos são a razão de ser das escolas, são-no também das bibliotecas escolares. 
Por esse motivo e como noutros anos, "convidámos" os novos alunos da EPDRAC a vir conhecer a nossa biblioteca, a usá-la e a dar-lhe vida; colaborou nesta iniciativa a professora de Português Vera Lacão.
A BiblioEPDRAC tenciona continuar a dinamizar algumas das atividades já desenvolvidas anteriormente e arrancar com novos projetos incluídos no Plano de Atividades a aprovar.
Um dos grandes desafios para este ano letivo é a criação da base de dados  concelhia, centralizada num website, que disponibilizará a informação e o fundo documental das três bibliotecas da vila: a municipal, a do AECAC e a da EPDRAC. 

03 novembro 2016

PROJETO DE ATRELAGEM NA EPDRAC

Com a finalidade de promover e dinamizar a modalidade de Atrelagem na EPDRAC, realizou-se no dia 2 de Novembro, pelas 11horas, na Biblioteca da escola, uma palestra para os alunos do 2º e do 3º ano do curso TGE e para os alunos do curso de Acompanhante de Turismo Equestre.
 J. Alexandre Matos, membro da direção da Associação Portuguesa de Atrelagem em Atrelagem de Tradição, fez um apontamento sobre a história da modalidade, do seu aparecimento nas Olimpíadas na Grécia e relevância no Império Romano. Para mostrar a importância das corridas de carros puxados a 2 ou a 4 de cavalos (as bigas e as quadrigas, respectivamente), conduzidos pelos aurigas, o orador nomeou Caio Apúlio Diócles , um lusitano que em 24 anos de carreira, participou em 4257 corridas, venceu 1462 e ficou em segundo lugar em 1437. Diócles ganhou durante a sua carreira mais de 35 milhões de sestércios, o que corresponde actualmente a 13 mil milhões de euros. É de crer que a maioria dos cavalos utilizados fossem Lusitanos, dada a fama que tinham no Império Romano.
Os aurigas podiam ser escravos ou homens livres, ganhavam muito dinheiro (se sobrevivessem) e poderiam tornar-se ricos e famosos.
O Circo Maximo, com capacidade para 250.000 espectadores, era a maior construção da cidade de Roma e o grande palco onde as Bigas e Quadrigas competiam. 

Já na parte da tarde iniciou-se o trabalho à guia com as poldras que vão ser utilizadas na atrelagem e que foram desbastadas pelos alunos da EPDRAC no ano letivo passado.
A coordenar este projeto e o diálogo com a Coudelaria de Alter, proprietária das poldras, está a professora da disciplina de Turismo Equestre, Ana Casquilho Ribeiro, que conta com o apoio de Manuel Henriques.


·   http://www.cavalo-lusitano.com/ficheiros_artigos/cavalo-lusitano-seculo-i-nos-hipodromos-romanos-j-alexandre-matos(1).pdf


02 novembro 2016

DIA DE FINADOS


É dia 2 de novembro, conhecido entre nós como Dia de Finados  ou de Fiéis Defuntos.
Desde o século II, alguns cristãos rezavam pelos falecidos, visitando os túmulos dos mártires para rezar pelos que tinham morrido. No século V, a Igreja dedicava um dia do ano para rezar por todos os mortos, por aqueles por quem ninguém rezava. Mais tarde, foi institucionalizado o dia 2 de Novembro, adotado pelos cristãos para lembrar todas as pessoas já falecidas. Os familiares dos defuntos vão ao cemitério para rezar pelas suas almas e pôr flores na campa.
Mas não são só os cristãos que recordam os seus defuntos, e os defuntos não são recordados da mesma forma por todos os cristãos em todas as culturas.

No México a morte é encarada de forma divertida, engraçada e festiva, representada por caveiras, em que cada caveira brincalhona tem um significado. O Dia de Finados é conhecido como o Día de los Muertos  (Dia dos Mortos) e é uma festa, uma das maiores comemorações do país, que começa no dia 31 de Outubro e termina na noite do dia 2 de Novembro, embora possa se esticar até meados do dia 3 e 4. 
http://mosca-branca.blogspot.pt/2013_11_01_archive.htmln 
Para os mexicanos, a morte é uma parte da vida, e não um momento de tristeza. As almas vão para um lugar melhor e, por isso, não há motivo para chorar. Eles acreditam que no Día de los Muertos  as almas têm permissão para voltar ao mundo dos vivos e reencontrar os seus entes queridos. 
Por isso esse dia é um motivo de festa para quem está vivo – e passar um dia e uma noite celebrando esse reencontro é uma forma de mostrar carinho e amor aos que passaram para o outro lado.
Antigamente, nas pequenas cidades do México, as famílias enterravam os mortos debaixo de suas casas porque o morto continuava a fazer parte da família. Assim, no Día de los Muertos, as grandes ceias eram feitas em casa, pois a família já estava toda “reunida” e no mesmo lugar.

Com o passar dos anos e como já não é possível enterrar os mortos em casa, as famílias fazem a ceia desse dia no cemitério.Em alguns lugares, existe um ritual em que a família vai para o cemitério e retira os ossos do morto do túmulo para limpar. Para eles, limpar os ossos do morto é a demonstração máxima do amor que ainda sentem. Após a limpeza os ossos são devolvidos ao túmulo.
Adaptado de:

Semana da Leitura - 18 e 22 de março

10ºA/TGE