06 fevereiro 2018

DIA INTERNACIONAL DA TOLERÂNCIA ZERO À MUTILAÇÃO GENITAL FEMININA

mutilação genital feminina (MGF), consiste na remoção ritualista de parte ou de todos os órgãos sexuais externos femininos.
Geralmente executada por um circuncisador tradicional, sem conhecimentos médicos, com a utilização de uma lâmina de corte, com ou sem anestesia, a MGF concentra-se em 27 países africanos, no Iémen e no Curdistão iraquiano, sendo também praticada em vários locais na Ásia, no Médio Oriente e em comunidades expatriadas em todo o mundo. A idade em que é realizada varia entre alguns dias após o nascimento e a puberdade.
A prática é geralmente iniciada e executada por mulheres, que a vêem como motivo de honra e receiam que se não a realizarem a intervenção as filhas e netas ficarão expostas à exclusão social
Tem vindo a ser ilegalizada ou restringida em grande parte dos países onde é comum e em 2012, a Assembleia Geral das Nações Unidas reconheceu-a como uma violação de direitos humanos. No entanto, existem algumas críticas, especialmente por parte de antropólogos.
A MGF pode, até certo ponto, ser revertida. É isso que faz o médico francês, Pierre Foldès, pioneiro neste tipo de intervenções, que juntamente com o urologista Jean-Antoine Robein, iniciou em 2002 cirurgias reparadoras do clitóris. Em 2012, afirmou que durante 11 anos, a sua equipa tinha operado à volta de 3000 mulheres.  
Em Portugal, segundo a Associação para o Planeamento da Família, os registos oficiais – baseados maioritariamente nos casos que chegam aos hospitais – apontam para cerca de 6500 mulheres mutiladas.
Prevalence of female genital mutilation for women aged 15–49 using UNICEF "Female Genital Mutilation/Cutting: A global concern", 2016, from 

Semana da Leitura - 18 e 22 de março

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